Na Guerra Fria, o mundo passou pelo medo das bombas atômicas, e não foi apenas nessa situação. Até hoje, grandes nações como os Estados Unidos, Coreia do Norte e China revelam sobre a poderosa força bélica de seus países. E uma nova pesquisa indica como seria uma catástrofe caso um conflito entre eles acontecesse nos dias atuais.
A Universidade de Princeton publicou um vídeo que revela como seria a destruição de uma guerra nuclear entre duas das nações mais poderosas do mundo: os EUA e a Rússia. De acordo com a simulação, o embate resultaria em cerca de 34 milhões de mortos em todo o planeta Terra. Ainda de acordo com a pesquisa, cerca de 57 milhões de pessoas seriam feridas com a guerra nuclear. O estudo foi realizado por pesquisadores especialistas em segurança e armas nucleares.
Os especialistas acreditam que, após a retirada dos Estados Unidos e Rússia do tratado de controle de armas nucleares, esse tipo de guerra se tornou mais possível. Ambos os países desenvolvem diversos tipos de armas e cada vez mais é uma preocupação que não exista nenhuma vistoria sob esses casos. Recentemente, o presidente dos EUA, Donald Trump, fez um discurso na ONU que não agradou milhares de pessoas ao redor do mundo. Ele reafirmou sobre a força bélica dos Estados Unidos e como não a quer usar em outras nações.
“Faz tempo que vemos simulações como esta e sempre são alarmantes. Essas simulações são úteis para reforçar a dissuasão. Se não há transparência e se há otimismo sobre as consequências de um enfrentamento nuclear, é mais provável que alguma das partes escale a sua posição, seja consciente ou inconscientemente”, destacou Sarah Kreps, professora da Universidade de Cornell, nos EUA.
Como funcionou a simulação
A guerra imaginária que o vídeo ilustra começa com a tentativa da Rússia de impedir uma ofensiva dos Estados Unidos e de membros da Otan, a Organização do Tratado do Atlântico Norte. Pela simulação, os russos lançam um míssil nuclear de “advertência” na fronteira entre Alemanha, Polônia e República Tcheca. O ataque de fato acontece quando a Rússia envia aviões com um total de 300 ogivas nucleares e dispara mísseis de curto alcance contra bases e tropas da Otan na Europa.
Os ataques duram 45 minutos e deixam 3,4 milhões de vítimas. Logo após, a Otan responde com aviões que viajam rumo à Rússia com 180 ogivas nucleares, até que as duas potências passam a ficar no fogo cruzado. Cada país lança ataques contra as 30 cidades mais povoadas do adversário, usando entre 5 e 10 ogivas nucleares em cada bombardeio. Em cerca de cinco horas, haveria 91,5 milhões de vítimas, incluindo 34,1 milhões de mortes e instantâneas e 57,4 milhões de feridos.
Fonte: BBC News Brasil